18 de dezembro de 2007

O melhor livro do mundo!


UM

Dezembro de 2001
Epoca/Epoca
Eu me tornei o que sou hoje aos doze anos, em um dia nublado e gélido do inverno de 1975. Lembro do momento exato em que isso aconteceu, quando estava agachado por detrás de uma parede de barro parcialmente desmoronada, espiando o beco que ficava perto do riacho congelado. Foi há muito tempo, mas descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque, de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar. Olhando para trás, agora, percebo que passei os últimos vinte e seis anos da minha vida espiando aquele beco deserto. Um dia, no verão passado, meu amigo Rahim Khan me ligou do Paquistão. Pediu que eu fosse vê-lo. Parado ali na cozinha, com o fone no ouvido, sabia muito bem que não era só Rahim Khan que estava do outro lado daquela linha. Era o meu passado de pecados não expiados. Depois que desliguei, fui passear pelo lago Spreckels, na orla norte do parque da Golden Gate. O sol do início da tarde cintilava na água onde navegavam dezenas de barquinhos em miniatura, impulsionados por um ventinho ligeiro. Olhei então para cima e vi um par de pipas vermelhas planando no ar, com rabiolas compridas e azuis. Dançavam lá no alto, bem acima das árvores da ponta oeste do parque, por sobre os moinhos, voando lado a lado como um par de olhos fitando San Francisco, a cidade que eu agora chamava de lar. E, de repente, a voz de Hassan sussurrou nos meus ouvidos: "Por você, faria isso mil vezes!" Hassan, o menino de lábio leporino que corria atrás das pipas como ninguém.

Sentei em um banco do parque, perto de um salgueiro. Pensei em uma coisa que Rahim Khan disse um pouco antes de desligar, quase como algo que lhe houvesse ocorrido no último minuto. "Há um jeito de ser bom de novo." Ergui os olhos para as pipas gêmeas. Pensei em Hassan. Pensei em baba. Em Ali. Em Cabul. Pensei na vida que eu levava até que aquele inverno de 1975 chegou para mudar tudo. E fez de mim o que sou hoje.


SETE

No dia seguinte, enquanto preparava meu chá preto para o café da manhã, Hassan me contou que tinha tido um sonho.

— Estávamos no lago Ghargha — disse ele. — Você, eu, o pai, agha sahib, Rahim Khan e mais um monte de gente. Fazia sol, a temperatura estava ótima e o lago estava límpido como um espelho. Mas ninguém estava nadando porque andavam dizendo que um monstro tinha vindo para o lago. Estava escondido lá no fundo, só esperando...

Encheu a minha xícara, acrescentou o açúcar e soprou algumas vezes. Pôs então o chá diante de mim.

— Era por isso que todos estavam com medo de entrar na água. De repente, você descalçou os sapatos, Amir agha, e tirou a camisa. "Não tem monstro nenhum aí", disse. "Vou mostrar a todos vocês." E, antes que alguém pudesse impedi-lo, mergulhou na água e começou a nadar. Mergulhei também e saímos os dois nadando.

— Mas você não sabe nadar!

— É um sonho, Amir agha — disse Hassan rindo. — A gente pode fazer qualquer coisa. Seja como for, todo mundo começou a gritar: "Saiam daí! Saiam daí!", mas nós continuamos a nadar na água fria. Chegamos sãos e salvos ao meio do lago e paramos. Viramos na direção da margem e acenamos para as pessoas que estavam paradas lá. Pareciam formiguinhas, mas podíamos ouvir os seus aplausos. Agora estavam vendo. Não tinha monstro nenhum ali, só água. Depois disso, mudaram o nome do lago, que passou a se chamar "Lago de Amir e Hassan, sultões de Cabul", e podíamos cobrar das pessoas que quisessem ir nadar lá.

— E o que isso significa? — perguntei eu.

Ele passou geléia no meu naan e botou em um prato.

— Sei lá... Tinha esperanças que você me explicasse.

— Ora, é um sonho besta. Não acontece nada...

— O pai diz que os sonhos sempre querem dizer alguma coisa.

Tomei uns goles do meu chá.

— Então, por que não vai perguntar a ele, já que é tão esperto — disse eu, mais rispidamente do que pretendia. Não tinha dormido nada aquela noite. Meu pescoço e minhas costas estavam parecendo molas bem enroladas, e meus olhos pinicavam. De todo modo, tinha sido uma peste com Hassan. Quase pedi desculpas, mas acabei não fazendo nada. Hassan ia compreender que eu estava nervoso. Ele sempre compreendia o que acontecia comigo. Podia ouvir lá em cima o ruído da água escorrendo no banheiro de baba...

29 de novembro de 2007

Palavras...

Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem o seu ofício.

Isso mesmo.

Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.

Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa.

A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.

12 de novembro de 2007

Valor Agregado x Engenharia

Ilustríssimos leitores.

Hoje vamos refletir sobre um tema que pouca gente se dá conta, mas que na verdade faz a verdadeira grandeza de uma nação: os engenheiros! Vamos falar, acima de tudo, da importância do engenheiro para o desenvolvimento do Brasil.

Para começar, vamos falar de bananas e do doce de banana, que eu vou chamar de "bananada especial", inventada (ou projetada) pela nossa vovozinha lá em casa, depois que várias receitas prontas não deram certo. É isso mesmo. Para entendermos a importância do engenheiro, vamos falar de bananas, bananadas e vovó. A banana é um recurso natural, que não sofreu nenhuma transformação.

A bananada é a banana + outros ingredientes + a energia térmica fornecida pelo fogão + o trabalho da vovó e + o conhecimento, ou tecnologia da vovó. A bananada é um produto pronto, que eu vou chamar de riqueza.

E a vovó? Bem a vovó é a dona do conhecimento, uma espécie de engenheira da culinária.

Agora, vamos supor que a banana e a bananada sejam vendidas.

Um quilo de banana custa um real. Já um quilo da bananada custa cinco reais. Por que essa diferença de preços? Porque quando nós colhemos um cacho de bananas na bananeira, criamos apenas um emprego: o de colhedor de bananas. Agora, quando a vovó, ou a indústria, faz a bananada, ela cria empregos na indústria do açúcar, da cana-de-açúcar, do gás cozinha, na indústria de fogões, de panelas, de colheres e até na de embalagens, porque tudo isto é necessário para se fabricar a bananada. Resumindo, 1kg de bananada é mais caro do que 1kg de banana porque a bananada é igual banana mais tecnologia agregada, e a sua fabricação criou mais empregos do que simplesmente colher o cacho de bananas da bananeira.

Agora vamos falar de outro exemplo que acontece no dia-a-dia no comércio mundial de mercadorias: em média, 1kg de soja custa US$ 0,10 (dez centavos de dólar), 1kg de automóvel custa US$ 10, isto é, 100 vezes mais, 1kg de aparelho eletrônico custa US$ 100, 1kg de avião custa US$1.000 (10 mil quilos de soja) e 1kg de satélite custa US$ 50.000. Vejam, quanto mais tecnologia agregada tem um produto, maior é o seu preço, mais empregos foram gerados na sua fabricação.

Os países ricos sabem disso muito bem. Eles investem na pesquisa científica e tecnológica. Por exemplo: eles nos vendem uma placa de computador que pesa 100g por US$ 250. Para pagarmos esta plaquinha eletrônica, o Brasil precisa exportar 20 TONELADAS de minério de ferro! A fabricação de placas de computador criou milhares de bons empregos lá no estrangeiro, enquanto que a extração do minério de ferro, cria pouquíssimos e péssimos empregos aqui no Brasil! Viram a diferença?

O Japão é pobre em recursos naturais, mas é um país rico. O Brasil é rico em energia e recursos naturais, mas é um país pobre. Os países ricos são ricos materialmente porque eles produzem riquezas.

Riqueza vem de rico. Pobreza vem de pobre. País pobre é aquele que não consegue produzir riquezas para o seu povo. Se conseguisse, não seria pobre, seria país rico.

Gostaria de deixar bem claro três coisas:

1º) quando me refiro à palavra riqueza, não estou me referindo a jóias nem a supérfluos. Estou me referindo àqueles bens necessários para que o ser humano viva com um mínimo de dignidade e conforto;

2º) não estou defendendo o consumismo materialista como uma forma de vida, muito pelo contrário;

3º) e acho abominável aqueles que colocam os valores das riquezas materiais acima dos valores da riqueza interior do ser humano.

Existem nações que são ricas, mas que agem de forma extremamente pobre e desumana em relação a outros povos.

Creio que agora posso falar do ponto principal. Para que o nosso Brasil torne-se um País rico, com o seu povo vivendo com dignidade, temos que produzir mais riquezas... Para tal, precisamos de conhecimento, ou tecnologia já que temos abundância de recursos naturais e energia. E quem desenvolve tecnologias são os cientistas e os engenheiros! Infelizmente, o Brasil é muito dependente da tecnologia externa. Quando fabricamos bens com alta tecnologia, fazemos apenas a parte final da produção. Por exemplo: o Brasil produz 5 milhões de televisores por ano e nenhum brasileiro projeta televisor. O miolo da TV, do telefone celular e de todos os aparelhos eletrônicos, é todo importado. Somos meros montadores de kits eletrônicos. Casos semelhantes também acontecem na indústria mecânica, de remédios e, incrível, até na de alimentos. O Brasil entra com a mão-de-obra barata e os recursos naturais.

Os projetos, a tecnologia, o chamado "pulo do gato", ficam no estrangeiro, com os verdadeiros donos do negócio. Resta ao Brasil lidar com as chamadas caixas pretas.

É importante compreendermos que os donos dos projetos tecnológicos são os donos das decisões econômicas, são os donos do dinheiro, são os donos das riquezas do mundo.

Assim como as águas dos rios correm para o mar, as riquezas do mundo correm em direção aos países detentores das tecnologias avançadas. A dependência científica e tecnológica acarretou para nós brasileiros a dependência econômica, política e cultural. Não podemos admitir a continuação da situação esdrúxula, onde 70% do PIB brasileiro é controlado por não residentes.

Ninguém pode progredir entregando o seu talão de cheques e a chave de sua casa para o vizinho fazer o que bem entender. Eu tenho a convicção que desenvolvimento científico e tecnológico aqui no Brasil garantirá aos brasileiros a soberania das decisões econômicas, políticas e culturais.

Garantirá trocas mais justas no comércio exterior. Garantirá a criação de mais e melhores empregos. E, se toda a produção de riquezas for bem distribuída, teremos a erradicação dos graves problemas sociais. Cabe aos professores (mais uma vez, os professores) continuar formando engenheiros com conhecimentos iguais aos melhores do mundo. Eu posso garantir a todos que qualquer engenheiro brasileiro é tão ou mais inteligente do que qualquer engenheiro americano, japonês ou alemão. Os brasileiros são muito mais criativos do que os habitantes do chamado "primeiro mundo", pois fazem, sem nenhum material, coisas que os americanos/japoneses/alemães fazem gastando bisnagas de dinheiro.

O que me revolta é ver que as decisões políticas tomadas por pessoas despreparadas ou corruptas são responsáveis pela queima e destruição de inteligências brasileiras que poderiam, com o conhecimento apropriado, transformar o nosso Brasil num país florescente, próspero e socialmente justo! Acredito que o mundo ideal seja aquele totalmente globalizado, mas uma globalização que inclua a democratização das decisões e a distribuição justa do trabalho e das riquezas! Infelizmente, isto ainda está longe de acontecer, até por limitações físicas da própria natureza...

Assim, quem pensa que a solução para os nossos problemas virá lá de fora, está muito enganado.

O dia que um presidente da República, ao invés de ficar passeando como um dândi pelos palácios do primeiro mundo, resolver liderar um autêntico projeto de desenvolvimento nacional, certamente o Brasil vai precisar, em todas as áreas, de pessoas bem preparadas. Só assim seremos capazes de caminhar com autonomia e tomar decisões que beneficiem verdadeiramente a sociedade brasileira. Será a construção de um Brasil realmente moderno, mais justo, inserido de forma soberana na economia mundial e não como um reles fornecedor de recursos naturais e mão-de-obra aviltada.

Quando isto ocorrer, e eu espero que seja em breve, o nosso País poderá aproveitar de forma muito mais eficaz a inteligência e o preparo Intelectual dos brasileiros.

6 de novembro de 2007

Rotedogue com milquexeique

Olá!
Depois de quase quatro dias sem uma única postagem, estamos de volta! E não é uma volta qualquer! Voltamos com um tema na ponta da língua, para debatermos e refletirmos juntos: a mania do estrangeirismo!

Para os nossos vizinhos portenhos, um mouse é uma coisa para americano ver. Na Argentina, é ratón o nome do dito cujo, e winchester é uma arma, e Hard Disk é disco duro, e por aí vai... Mas os brasileiros são diferentes... ah, como são!
Os brasileiros adoramos (erro de concordância proposital, antes que me chamem de analfa) um estrangeirismo no nosso cotidiano. Adoramos ler tudo em inglês, torcendo a língua, tendo câibra nas bochechas e fazendo careta (jurando que a careta é cara de esperto). E ai ai ai de quem ler "lazer" onde diz "laser". Esse é taxado de burro! E qual a pena para quem escrever lêiser? Ih... esse vai ficar duas semanas ajoelhado em grãos de milho, aprendendo o inglês do português: playground, pager, page-maker, air bag, baby-doll, game, etc. Se dependesse do gramático Volnyr Santos, tudo tenderia a facilitar. Já está registrado no DELP - Dicionário Essencial da Língua Portuguesa, da Editora Rígel, em uma seção só de estrangeirismos, palavras como pleigraunde, pêiger, peige-mêiquer, erbegue, beibidol, gueime, etc.!
Imagine a seguinte situação: você está dirigindo o seu carro por uma avenida da sua cidade, quando de repente, depara-se com um grandioso bequilaite, ostentando o grandioso nome: Xópin X. Imagine lendo um manual da internete: "Agora clique com o botão direito do seu mause no bequigraunde do saite, mas tenha cuidado, pois um réquer pode deletar todinha sua romepeige.

Viva o neologismo! Viva o estrangeirismo!

Mundo globalizado precisa de traduções? E a língua, berço da cultura de um povo e alicerce da grandeza de uma nação, antigamente tão protegida, não sofrerá terríveis perdas nesse processo desenfreado de criações? Segundo especialistas europeus em lingüística, se não forem tomadas medidas de preservação para os idiomas, a tendência é que muitos deles desapareçam. O principal fator para o sepultamento (estamos recém no velório) de uma língua é a comunicação. Alguns jovens preferem a língua falada na internet à sua língua materna. A gota d'água é quando a comunidade se questiona se vale a pena falar sua própria língua. É infinitamente mais coerente o que fazem nuestros hermanos: cantam "Sunday bloody Sunday", mas a banda é U-dos. Para nós, provavelmente, será Iu-tchú. Fica a dúvida: Autorizar a escrita de saite e internete ou ensinar que site é local, international net é rede internacional? Para quem pensou na alternativa "a", pode aproveitar a repiáuer de hoje, no xópin, ouvindo no seu uoquimen uma música dêncin, comendo um rotedogue e tomando um milquexeique. E quando chegar em casa, acessa a internete e me envia um imêil (vitor.mendes@pop.com.br).

31 de outubro de 2007

Para ser um Cavaleiro Templário

- Um Cavaleiro Templário deveria usar um hábito branco, cabelos rasos e conservar a barba; a ele não poderia ser entregue vestes novas até que a sua estivesse sem as mínimas condições de uso. Ao Cavaleiro que pedisse vestes novas, eram dados trapos feitos de restos de vestes, para que ele não aprendesse a ter vaidade;

- Um Cavaleiro Templário deveria recitar 15 Pater de manhã e comer magro 4 dias por semana;

- Quando um Cavaleiro Templário morria, seu prato de comida seria repartido entre os pobres por 40 dias;

- Os Cavaleiros Templários deveriam sempre serem os primeiros a entrar em combate, e os últimos a saírem dele (por esse motivo os batalhões de frente sempre eram Templários);

- Cada Cavaleiro deveria aceitar um combate de até 3 x 1 (três inimigos ao mesmo tempo) sem direito a recusar, além de só poder reagir depois de serem 3 vezes atacados.

Está cientificamente provado que...

Se uma pessoa gritasse durante 8 anos, 7 meses e 6 dias, teria produzido energia suficiente para aquecer uma xícara de café... (Não parece valer a pena tentar)

O orgasmo de um porco dura 30 minutos... (30 minutos. Vocês leram bem direitinho??)

Dar cabeçadas contra um muro consome 150 calorias por hora... (Ainda estou pensando no porco... Porra! 30 minutos!)

Uma barata viverá 9 dias sem cabeça, antes de morrer de fome... (Que inveja eu tenho do porco!)

Alguns leões acasalam mais de 50 vezes por dia... (Prefiro ser porco, qualidade em vez de quantidade!)

As borboletas saboreiam as suas próprias patas... (Isso é algo que sempre quis fazer, mas falta-me elasticidade)

O elefante é o único animal que não pode saltar... (30 minutos... Que loucura essa do porco!)

A urina do gato brilha fosforescente, sob uma luz forte... (Pensaram bem? São... 30 minutos!)

Os olhos de uma avestruz são maiores que o seu cérebro... (Conheço gente assim...)

As estrelas do mar não têm cérebro... (Também conheço gente assim...)

Os ursos polares são surdos... (Os cães Pastor Alemão são nacionalistas, a baleia franca e o porco... O porco é demais!)

Os humanos e os golfinhos são as únicas espécies que têm sexo por prazer. (E se um golfinho fizesse sexo com um porco? 30 minutos! Que fenômeno!)

P.S.: Daqui pra frente, me sentirei extremamente lisonjeado quando uma mulher me disser: "Seu Porco!"

29 de outubro de 2007

Descontração - um mal necessário






Mickey, o camundongo DeMolay!



Walt Disney, para quem não sabe, foi um grande DeMolay.

Foi muito atuante em seu Capítulo e sociedade, sendo muito querido e respeitado. Certo dia, quando estava apenas começando a sua carreira de desenhista, indicou um amigo, chamado Mickey, para que fosse iniciado na Ordem DeMolay. Passou ótimas referências sobre o garoto, o que levou a ser aprovado em assembléia do referido Grau.

Tão grande era o respeito que os demais DeMolays tinham por Walt que acharam que não era necessária uma sindicância sob o forasteiro. Então, Mickey seria o único iniciado naquele dia.

Chegando, então, o dia da iniciação, todos já demonstravam uma enorme ansiedade em conhecer o profano que iria ser iniciado. Todos tinham certeza que realmente seria um grande DeMolay, pois Disney havia empenhado a sua palavra.

Porém, Mickey demorava a chegar, o ritual de Iniciação estava prestes a ser iniciado e ele ainda não havia chegado. Naquela altura, todos já perguntavam a Disney: onde está o garoto? Disney sempre respondia: no momento certo ele vai chegar. Alguns já pensavam em cancelar a iniciação, mas Disney não deixou. Pediu que começasse a cerimônia de abertura e que se o garoto não chegasse até esta se encerrar, que cancelassem.

Em um clima de constrangimento, os DeMolays começaram a Cerimônia de Abertura do Grau Iniciático. Quando esta acabou, os irmãos notaram que o garoto Mickey não havia chegado. Todos estavam decepcionados com o garoto e, também, com quem o indicou.

Foi então naquele momento em que o Irmão Walt Disney surpreendeu a todos. Ele dirigiu-se até o altar e disse:

“O garoto Mickey esteve este tempo todo comigo, já está na hora de apresenta-lo a vocês”.

Todos se espantaram, pois ninguém havia visto o garoto. Foi então o momento em que Disney tirou de dentro de um grande envelope um desenho e, logo em seguida, apresentou a todos seus irmãos DeMolays. Era o desenho de um camundongo simpático e sorridente. Ninguém estava entendendo, e Disney complementou: “este é o Mickey, ele não vai decepcioná-los”.

Mickey, um simples desenho e até então desconhecido por todos, simbolicamente, e com um DeMolay segurando o desenho, percorreu as colunas, fez seu juramento e foi iniciado, como todos os DeMolays.

Anos mais tarde, Walt Disney, criou o maior parque de diversões, o Disney World, e sempre com muito orgulho dizia: “Lembrem-se, tudo isto começou com um camundongo”.

Mickey, conforme prometeu Disney, não nos decepcionou: é um camundongo muito querido e simpático, praticante dos bons valores e virtudes DeMolays, assim como foi o seu criador. É a grande figura daquele parque, ocupando o lugar de maior destaque.

Hoje, Walt Disney, está inscrito no “Hall da Fama DeMolay”, e Mickey pode ser encontrado no Supremo Conselho Internacional. Ambos estão imortalizados em nossas memórias, pois fizeram parte de nossas infâncias, assim como continuam, e continuarão, a fazer parte da infância de muitas crianças nesse mundo afora!

26 de outubro de 2007

Dicas para acabar com a pobreza

MANUAL EXPLICATIVO EM ALGUNS PASSOS PARA SE LIVRAR DE PELO MENOS UM POBRE.

  1. Comece pelo seu carro. Escolha um pobre muito pobre e dê seu carro a ele. Vá até as proximidades de uma favela e fique observando por um tempo. Tente identificar um rapaz trabalhador no meio do povo. Eu sei que é difícil, mas seja persistente. Pelo menos um, há de existir.
  2. Largue essa Televisão Digital Power Screen. Dê para o cidadão. Vamos chamar o mesmo de João da Silva (qualquer semelhança é mera coincidência). Seu João irá poder assistir o Programa do Gugu e o Domingão do Faustão com suas 5 filhas e 7 filhos aos domingos. Você começa a torná-los pessoas ricas de cultura.
  3. Quem precisa de computador? Sem a TV e sem o carro, não precisa de computador. Nem adianta. Aproveite o frete da Kombi que irá levar a TV e coloque o computador junto.
  4. Finalmente, passe seu cartão do banco e a sua senha para o Sr. João.


Pronto, você acabou com um pobre. E vá viver de luz.

25 de outubro de 2007

O fabuloso preceito real brasileiro

Era uma vez, um reino muito, muito distante e próspero... repleto de riquezas minerais e vegetais. Sem ocorrência de acidentes, com clima ameno... O rei tinha apenas uma preocupação: o bem-estar dos seus súditos, bem como do seu povo. Como nada faltava, o rei queria muito que a vida do seu povo trabalhador fosse a mais tranqüila possível, e que houvesse mais tempo para o amor, o lazer, os esportes e à família.

Ele achava que o povo trabalhava demais, e que estava merecendo total dedicação ao aproveitamento daquele grandioso reino. Este espírito todo fez com que o rei passasse a recolher compulsoriamente aos cofres do reino uma parcela dos salários dos aprendizes das oficinas e uma parcela maior dos artesãos, para criar um fundo para que, posteriormente, os aprendizes pudessem descansar. Foi uma medida esplêndida do rei. Porém, o efeito ainda não era satisfatório.

O rei ainda estava bastante triste. O povo ainda continuava trabalhando demais.

Com a finalidade de continuar com o seu plano magnífico, o rei passou então a cobrar dos artesãos mais impostos sobre a mão-de-obra agregada dos produtos. Assim, penalizava (merecidamente) aqueles que insistiam em obrigar o seu povo a trabalhar! Portanto, qualquer coisa adquirida ou serviço prestado por outros artesãos podiam ser creditados, reduzindo-se a quantidade de imposto pago, porém o custo da mão-de-obra era totalmente inserido no cálculo do imposto a pagar! Quanto maior a quantidade de aprendizes trabalhando nas oficinas, maior deveria ser o imposto.

Passados alguns anos, o rei percebeu a extensão daquelas suas medidas. O rei chamou esta maravilha econômica de "Ciclo Virtuoso". E quis explicar o porquê.

Imediatamente o povo foi convocado e o rei anunciou com grande orgulho o resultado que o seu "ciclo" havia gerado. A lógica era muito simples: cada vez que um artesão dispusesse de certa quantidade de dinheiro para investir em seus produtos, ao invés de produzir 100 artefatos, ele poderia apenas produzir 50, devido ao aumento ocorrido no custo da mão-de-obra que aquele povo produzia!

Este magnífico resultado fazia com que o artesão necessitasse de apenas a metade dos aprendizes para atingir a sua capacidade máxima de produção. Portanto, o rei estava mantendo o valor arrecadado pelos cofres do reino com apenas a metade do povo trabalhando. Esta esplêndida sapiência do rei levou-o então, a criar o que se chamou de "Bornoz Progênie".

O rei passou então a fornecer às pessoas que não trabalhavam, o Bornoz com mantimentos básicos. Desta forma, o seu povo podia ficar em casa sem trabalhar. Porém, o grande êxito deste plano era a necessidade de dinheiro para a compra dos produtos do Bornoz. E adivinhem... este dinheiro somente poderia vir arrecadando-se mais impostos!

Os artesãos se viam obrigados novamente a aumentar os preços dos seus produtos, para pagar os impostos, diminuindo também a capacidade de investimentos no negócio, reduzindo a produção, com conseqüente diminuição dos empregados/funcionários.

Por esta razão, este plano foi denominado de "Ciclo Virtuoso": sempre que se aumentasse a necessidade de compra de mantimentos para atender a população beneficiada pelo plano, aumentavam-se os tributos que, por sua vez, reduziam a capacidade de investimento dos artesãos. Assim, reduzia-se a necessidade de mão-de-obra, com um grande aumento de pessoas beneficiadas pelo grandioso plano! Perfeito!

Até os poucos oposicionistas do rei apoiavam a medida, colocando esse plano em seus programas de governo. Acabava sendo uma equação matematicamente perfeita! A população amava o seu rei! A necessidade de trabalho tendia a zero!

O plano ia de vento em popa, e o rei não via a hora em que não houvesse mais necessidade de se trabalhar. Porém, de súbito, ocorreu o grande imprevisto... Algo impossível, não previsto pelo rei, pelos seus auxiliares econômicos e pelos seus diminutos oposicionistas... Neste dia, o único artesão que sobreviveu com sua oficina aberta, percebeu que tinha dinheiro apenas para produzir uma única unidade de seu produto. Para tal tarefa, não era necessária a presença de seu único aprendiz, que foi dispensado.

Ao término da jornada de trabalho, o artefato ficou pronto, mas não houve habitante do reino com capacidade financeira para comprar o produto. O rei chegou e cobrou os impostos do artesão, único contribuinte do reino, com o intuito de pagar as 170 milhões de pessoas participantes do programa "Bornoz Progênie". O artesão argumentou que não havia imposto a pagar, uma vez que não houve venda de produto. O rei, inconformado, exigiu pagamento antecipado dos tributos devidos, relativos aos artefatos a serem vendidos futuramente.

Não havia como. Não havia dinheiro. O rei, então, confiscou o artefato, a oficina, ferramentas, carroças e os bois do artesão.

Houve um leilão, sem que ao menos o lance mínimo fosse dado para qualquer um dos bens a serem leiloados. O povo, o rei, e seus assessores revoltaram-se contra o artesão que se recusava a pagar os tributos. O artesão foi enforcado naquela tarde.

Muita gente morria diariamente...

Alguns milênios depois, ruínas deste reino foram encontradas numa expedição arqueológica. Pergaminhos foram descobertos intactos, relatando o ocorrido no reino. Todos haviam morrido em menos de uma semana! E o artesão era o culpado (muito óbvio). Os membros daquela expedição levaram os documentos aos principais regentes das suas nações. Chegaram à conclusão de que eles correriam o mesmo risco, pois os artesãos viviam reclamando, e estes abutres poderiam muito bem fazer o mesmo com eles! Portanto, não havia alternativa. Todos deveriam trabalhar. Desta forma não haveria a necessidade do assistencialismo, pois todos receberiam o suficiente para o sustento de suas famílias.

Passaram a adotar tais medidas e foram obrigados a desonerar a mão-de-obra, reduzindo os custos dos produtos e conseqüentemente reduzindo os impostos. Incompreensivelmente, os reinos passaram a receber muito mais dinheiro do que anteriormente, apesar da drástica redução dos impostos. A mão de obra passou a ser valorizada. A cada emprego gerado, as oficinas tinham o direito de reduzir ainda mais o recolhimento dos tributos. Aquele mundo inteiro prosperou e as receitas não paravam de aumentar e ninguém entendia o porquê.

E o grande vilão desta fábula, aquele último artesão, jamais deixou de ser execrado por todos os habitantes. E esta mesma população venerou aquele antigo rei, que lhes ensinou o caminho da felicidade naquele mundo harmonioso em que todos viveram felizes para sempre.

24 de outubro de 2007

A figura de Salomão

Opa!
Aposto como você já deve ter visto o filme "As ruínas do Rei Salomão", ou ter ouvido histórias narradas por seus avós falando "do homem mais sábio que na Terra já pisou". Realmente, fato que irá ser posto à prova ao longo deste artigo. Mas, na verdade, quem foi Salomão? Mito? Verdade? Vamos descobrir!

Segundo constam os relatos, Salomão foi o filho do Rei Daví. Na época, o reino de Israel ainda era unificado, e Salomão reinou por cerca de 40 anos (de 1009 a.C. a 922 a.C.). Seu nome significa "Pacífico" e, em hebraico, pode significar "O Amado de YHWH" (alguns dizem ser este o verdadeiro nome de Deus - palavra impronunciável por mortais).

No seu quarto ano de "mandato", ordenou a construção do "Templo de Jerusalém" (posteriormente conhecido como "Templo de Salomão"). Mas se tornou notável mesmo por sua grande sapiência e discernimento na resolução dos problemas sociais do seu povo (o que falta pra nós, hoje em dia), além de sua imensa riqueza.

O Templo de Salomão foi arquitetado por Hiram Abiff, arquiteto este enviado por Hiram, rei de Tiro. Hiram Abiff, tendo cerca de 30.000 homens disponíveis para sua imensa construção, dividiu os homens em 3 grandes classes:

- Aprendizes;
- Companheiros;
- Mestres.

Os Aprendizes, como diz seu nome, tinham como única e principal função o aprendizado. Espelhavam-se nos companheiros que, por sua vez, espelhavam-se nos Mestres para concluírem os seus trabalhos. Como era muita gente, e Hiram poderia acabar sendo injusto na hora do pagamento, cada classe tinha um sinal e um aperto de mãos secreto. Ao final do dia, quando o trabalhador recebia o seu salário, dava o aperto de mãos correspondente à sua classe ao Mestre Hiram Abiff e o mesmo, assim, sabia quanto deveria pagar!

Somente os Mestres poderiam participar das reuniões com Hiram Abiff e o Rei Salomão, diretamente. Nestas reuniões, para a admissão na entrada, era necessário, além do aperto de mãos, o sinal de Mestre.

Por cobiça de alguns Companheiros em querer saber o segredo das reuniões dos Mestres e por também quererem seu salário, Hiram Abiff acabou assassinado, cumprindo seu juramento. E, para demarcar o local que seu corpo foi enterrado, foi colocado um ramo de acácia.

Atualmente, a Maçonaria simbólica se utiliza de 3 Graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Cada qual tem o seu sinal e seu aperto de mãos secreto. O ramo de acácia também é um dos grandes símbolos da Maçonaria. Mera coincidência?

23 de outubro de 2007

A verdadeira história da Sexta-feira 13

Alguém sabe por que toda sexta-feira 13 é tratado como um dia azarento? Pois é, eis aqui a verdadeira história da sexta-feira 13, a qual resumo em alguns pequenos parágrafos...

Era Sexta-feira, 13 de Outubro de 1307. Um dia fatal para os Cavaleiros Templários. Ao fim da tarde desse dia, agentes do rei Filipe IV (conhecido como "Filipe, o belo") atacaram, e num assalto fulminante, acusaram e prenderam Cavaleiros Templários por toda a França. A data tinha sido escolhida pela coincidência da visita à França de vários líderes Templários, incluindo o próprio Grão-Mestre Jac'ques DeMolay.

Porém, quando os agentes do rei Filipe entraram no Templo de Paris, sede das convocações dos Cavaleiros Templários, descobriram que todos os documentos e, mais importante ainda para Filipe, o tesouro, tinha sido removido. Os agentes também tentaram capturar a frota Templária, a maior da Europa, que estava atracada em La Rochelle. Mas uma vez mais se frustrou a intenção — a frota tinha já partido.

Até hoje a vasta riqueza material dos Cavaleiros Templários nunca foi encontrada. Nem tampouco foi descoberto para que porto a frota seguiu — ou onde atracou. Mas os Templários não tentaram esconder-se a eles próprios, e na manhã seguinte, vários milhares tinham sido feitos prisioneiros. Juridicamente falando, essas prisões eram ilegais. Os Cavaleiros Templários respondiam unicamente ao Papa. Mas o Papa, Clemente V, francês, devolveu esse poder para Filipe (eram amigos de infância). O rei francês, que transferiu o assento papal de Roma para Avignon, em França, pediu esse favor. Filipe esteve também por trás da morte suspeita do precedente Papa, deixando assim o trono papal livre para Clemente.

Inevitavelmente, o Papa toma o partido de Filipe. E com apoio papal, ataques similares foram feitos aos Cavaleiros Templários através da Europa. Iriam ser todos levados a julgamento. Aqueles que acatavam as acusações levadas contra eles eram abandonados com uma mísera pensão, deixados na miséria ou ainda como pedintes. Qualquer um que recusasse era encarcerado para toda a vida. Mais de 120 foram queimados na fogueira. Após as torturas, confissões e execuções, Clemente V aboliu oficialmente a Ordem dos Cavaleiros Templários a 22 de Março de 1312. O Grão-Mestre Jac'ques DeMolay, imbuído do espírito de lealdade e tolerância que sempre correu por suas veias, juntamente com 2 dos seus companheiros mais fiéis (Guy D'auvergnie e Godofred de Goneville), abominou a atitude papal e negou todas as acusações.

Pode ser imaginado o que aconteceu a ele. Sete intermináveis anos de masmorras e torturas infundadas (ou melhor - fundadas na busca incessante por riquezas pelo Rei).

Foi então que, a 18 de Março de 1314, enquanto era exibido no exterior da catedral de Notre-Dame em Paris para ouvir a sua sentença de prisão perpétua, Jac'ques DeMolay, então com 70 anos e a maioria dos ossos do seu corpo partidos pela tortura, proferiu uma dramática declaração:

"A Nobre Ordem dos Cavaleiros Templários nunca foi culpada. Posso ter meus ossos partidos pela tortura, mas minha alma, assim como minha consciência, nunca poderá ser partida! A vida foi-me oferecida, mas pelo preço da infâmia. Por este preço, a vida não vale a pena ser vivida."

Assim, Jac'ques DeMolay, o último de 22 Grãos-Mestres da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (Cavaleiros Templários), foi queimado vivo em Paris. E enquanto expirava, amaldiçoou o rei Francês e o Papa. Disse que no prazo de um ano seriam chamados a prestar contas pela perseguição aos Templários.

Curiosamente, apenas um mês depois, o Papa Clemente V faleceu, aparentemente de causas naturais. A 29 de Novembro do mesmo ano, Filipe IV morreu também num acidente a cavalo enquanto caçava.

Teriam assim os Templários poderes ocultos? Teria realmente efeito a praga de Jac'ques DeMolay?

22 de outubro de 2007

A vida em uma função

Sempre apreciei bastante a matemática. Desde cedo. Mas "aprimorei" este gosto na época do cursinho pré-vestibular.
Recentemente, por intermédio de best-sellers, a matemática atingiu um ponto de notoriedade até então nunca atingido. Seqüência de Fibonacci, teoria da vida, etc e tal. Mas antes disso nunca tinha ouvido falar nas aplicações e analogias diretas da matemática em nossas vidas. Já pararam pra pensar nisso? E é simples, por uma razão muito óbvia: se não fosse por isso, por que existiria a matemática?

Com um pouco de imaginação, podemos comparar o tempo com uma função contínua - não se repete e ruma para um ponto a caminho do infinito (meros mortais nunca chegam neste ponto). Ao longo da função, surgirão alguns pontos máximos (a felicidade, por exemplo) e pontos mínimos (a tristeza). Além disso, teremos pontos estacionários, máximos e mínimos relativos. Existirão alturas em que a função será uma reta; em outras, uma curva. E mesmo assim, sem nada de concreto, é possível dar uma forma matemática ao tempo!

Agora imaginem diversas funções coexistindo no mesmo plano cartesiano (ou ortonormal para quem tem curso superior na área). Inevitavelmente surgirão retas secantes, tangentes, etc. Conforme o tempo de uma pessoa X se cruze com o tempo de uma pessoa Y, é possível que duas funções se unam em uma só: chama o padre que tá feita o casório! Ou também é igualmente possível que duas funções, depois de unidas, se afastem uma da outra. É até possível que o ponto máximo de uma corresponda ao ponto mínimo de outra! Mas como seria a expressão da função?

Seria possível dar a ela um número? Considerando que a mesma deve se alterar em função do tempo (até o tempo de altera ao longo do próprio tempo), acho que seria um pouco complicado... se alguém que entenda mais de matemática que eu quiser tentar, tá proposto o desafio!

19 de outubro de 2007

A grande engenharia da natureza


Todos os dias, seja quando ligamos o rádio às 6h da manhã enquanto estamos no ônibus, ou quando assistimos ao telejornal antes de dormir, ouvimos pessoas defendendo o meio-ambiente e a natureza. E hoje eu não venho criticá-las, mas sim tratar o mesmo aspecto por uma ótica um pouco diferente das demais: A MINHA. E pelo exemplo mais simples, vamos adentrar neste projeto em constante execução, e que foi projetado pelo melhor engenheiro e arquiteto que haverá de existir: A CASCA DO OVO.

A casca de um ovo comum não é frágil, mesmo sendo finíssima. Já tentou quebrar um ovo entre as palmas das mãos, apertando as suas pontas? Se sim, é provável que não tenha conseguido... O esforço necessário para que isso aconteça não é pequeno!

A resistência externa extraordinária da casca do ovo existe única e exclusivamente por causa da sua forma convexa (ou "oval"). Na verdade, a resistência é a mesma da de qualquer tipo de abóbada ou arco.

A figura ali em cima mostra o arco de uma janela feita de pedra. O peso (que chamamos simplesmente de "S") aperta as pedras (por causa da gravidade) que estão na parte central do arco.

Quando uma pessoa te empurra, o que acontece? Se a força for suficiente, vais cambalear. É a mesma coisa! Com certeza o peso da gravidade somado aos das pedras que estão em cima faria a pedra cair!

Mas não é o nosso caso. A pedra está disposta nessa forma justamente pra não cair. Ela é a "chave da abóbada", o tão procurado segredo o qual os free masons (maçons operativos - livres) possuíam nos séculos passados (só eles tinham o conhecimento necessário pra construir abóbadas). E como ela não pode cair, pra onde ela vai cambalear? Pros únicos lugares que ela pode, que são os lados! Assim, com a força distribuída lateralmente, mesmo que a força que vem de cima seja muito grande, o arco não se rompe. Em compensação, se a força fosse exercida de baixo para cima, o arco se romperia facilmente! É pura lógica!

O ovo também é um arco. Denominamos esse tipo de "abóbada fechada". A galinha, quando está chocando, nem esquenta a cabeça por causa do seu peso em cima dos ovos! E pra termos noção do quão grandiosa é esta obra de engenharia, quando o filhote precisa deixar o ovo, ele quebra facilmente com o seu bico, já que de dentro pra fora não existe nenhuma força predominante que o impeça de fazer isso! Com certeza o arquiteto/engenheiro pensou em tudo (principalmente na segurança do pinto indefeso) quando construiu esta obra que na maioria das vezes passa despercebida por nós: A CASCA DO OVO.

Fascinante, não?

18 de outubro de 2007

Teoria da extinção dos dinossauros

Podem achar absurdo, mas após alguns anos de estudos, formulei uma teoria um pouco "extravagante" com relação à extinção dos dinossauros. Eis aqui:

Meteoro?
Que nada! O que matou os dinossauros foram os peidos! Isso mesmo! PEIDO! Vou provar:

Levando em consideração que um dino médio pesava entre 80 e 100 toneladas, e devorava uma média entre 130 e 260 quilos de alimentos por dia... soma-se a isto os estudos que comprovam que as flatulências deles eram ricas em metano - um gás extremamente perigoso.

Agora imagine um peidinho da criança.

Há 100 milhões de anos, a atmosfera pode sim ter sido danificada fortemente pelo acúmulo demasiado de metano, o que causou sérios danos à camada de ozônio e conseqüentemente a morte da grande maioria das plantas. Sem alimento, nossos antepassados acabaram morrendo de fome, por causa das suas próprias "ventosidades".

Satisfeito?

17 de outubro de 2007

A vida nas ondas do rádio...

Aposto todos os poucos bucks do bolso que, no mínimo, toda forma humana inteligente sente um pinguinho de curiosidade nesse tipo de coisa. Comunicação entre planos, interplanetária e, dizem alguns entendidos, intertemporal. Pois nesse post, o leitor aprenderá "o início dos tempos" da radiodifusão.

Pois é, meu amigo... a Física simplesmente ainda não explica isso por inteiro. Por que? Porque não, ué. Ainda não conseguiram estudar o suficiente para tirar conclusões concretas. Não se sabe muito além de que uma onda de rádio é uma onda eletromagnética propagada por uma antena.

As ondas de rádio têm diferentes freqüências e, ao sintonizar um receptor de rádio em uma freqüência específica, é possível captar um sinal. Está feita a fuzarca!

Ao colar o ouvido no rádio, durante a transmissão de um jogo que só assiste quem paga Pay-Per-View, o locutor anuncia: "você está ouvindo a 97.5 FM WYX Rock 'n Roll". E é aqui que ele explica a radiodifusão! São os sinais, só não os vê quem não quer!

Magnífico! Isso quer dizer que você está ouvindo uma estação de rádio transmitida por um sinal FM na freqüência de 97.5 MegaHertz, com as letras WYX atribuídas pela FCC (no nosso caso, a ANATEL). MegaHertz significa "milhões de ciclos por segundo" (unidade de medida de freqüência). Então "97.5 MegaHertz" significa que o transmissor da estação de rádio oscila numa freqüência de 97.500.000 ciclos por segundo!

Sua rádio FM (frequência modulada) pode sintonizar esta frequência específica e receber o sinal de uma estação. Todos as estações FM transmitem em uma banda de frequência entre 88 e 108 MegaHertz. Esta banda do espectro eletromagnético é utilizada somente para transmissão de rádio FM.

Já a rádio AM é confinada em uma banda que vai de 535 a 1.700 KiloHertz (Kilo significa "milhares", então seriam 535 mil até 1.700.000 ciclos por segundo). Se o locutor de uma rádio AM (amplitude modulada) diz: "esta é a AM 680 WPTF", quer dizer que é uma estação de rádio transmitindo sinal AM em 680 KiloHertz e com as letras WPTF atribuídas pela FCC!

Barbadinha, huh?

BACK TO START

Olá!

Primeiramente, gostaria de fazer uma pergunta: Por que o primeiro passo é sempre mais difícil?

Em meio a impostos e regras impostas por desregrados, acabamos sendo sufocados pelo produto que resulta das nossas próprias atitudes. Falando especificamente de política partidária, por quantas vezes já ficamos indignados com a situação cada vez mais mortificada da nossa gloriosa Pátria? E só neste ano? E só neste mês? E SÓ HOJE?

"Talvez, nós nunca sejamos chamados a defender a nossa Pátria num campo de batalha. Porém, cada dia apresenta novas oportunidades para nos firmarmos como bons e corretos cidadãos, a serviço da nossa querida bandeira e de nossa reverenciada Pátria."

P.S.: é por isso que, a cada dia mais, eu defendo a política separatista riograndense.