14 de janeiro de 2010

Roubo...

Não dá para acreditar: o preço da gasolina vai aumentar 3,9%!

Não dá para acreditar. Cada brasileiro tinha que se mobilizar e sair às ruas para protestar contra esse estúpido e animal aumento. Somente no ano passado, anotem bem, o dólar se desvalorizou com relação ao real em 25%.

25%!

O que se esperava de um governo justo com seu povo é que há muito tempo o governo tivesse baixado o preço da gasolina em mais de 10%. Se baixasse o preço da gasolina em 15%, ainda assim a Petrobras estaria tendo um lucro estratosférico.

Ao contrário da expectativa, em vez de baixar o preço da gasolina, o governo vai aumentá-lo. Isso é de um autoritarismo econômico insuperável. Não sei como o governo não se envergonha dessa manobra. Primeiro, tinha de se envergonhar de ter mantido, sem qualquer queda de preço no produto, o preço da gasolina estável, quando o dólar caiu estrondosos 25% somente em 2009.

E, segundo, tinha de se envergonhar de, tendo ficado durante os últimos anos na moita sem repassar a queda do dólar para o preço da gasolina, ostentar a petulância autoritária de prometer que vai aumentar em 3,9% o preço do combustível em face de que será diminuída a quantidade de álcool na mistura com a gasolina.

Isso se dá assim com esse caradurismo porque o povo brasileiro não tem mobilização e aceita ser escorchado pelo governo e pela Petrobras com esses preços selvagens que se cobram em nosso país pelos combustíveis. Agora mesmo se anuncia o aumento de 3,9% no preço da gasolina e nenhuma entidade brasileira protesta para fazer o governo compreender que a sociedade brasileira não aceita esse aumento por todos os títulos iníquo.

Garanto que em todo o território nacional não haverá uma só manifestação de repúdio a essa medida economicamente selvagem. Em vez de baixar o preço da gasolina, o governo o aumenta!

E alguém reclama como eu? Ninguém, todos aceitando bovinamente o aumento que corrói a economia e impede o desenvolvimento, mas que, principalmente, significa um assalto à economia popular.

Se o próprio governo declarou peremptoriamente que o preço dos combustíveis seria controlado por apenas dois fatores, o preço do barril internacional de petróleo e a cotação do dólar, isto dava a entender que seria um preço instável: de acordo com a cotação do dólar e do barril de petróleo, ele teria que ser semanalmente – ou mensalmente – reajustado.

Nada disso. Silêncio sobre a queda violenta do dólar nos últimos tempos. Silêncio. O governo andou alegando que não baixava o preço dos combustíveis para ressarcir-se de um passado em que não os aumentou. Tudo mentira. Petrobras rica e povo pobre.

Nunca vi tamanhas incoerência e injustiça cambial. Isto que, se fosse altruísta, o governo passaria por cima do preço internacional do barril de petróleo e baixaria os preços dos combustíveis para os brasileiros, a quem o governo manobrou para que festejássemos a autossuficiência.

Lixo de autossuficiência que não impede que paguemos mais caro do que devíamos pagar pelos combustíveis. Mas o povo merece, ele em nenhuma latitude do país reclama.

12 de janeiro de 2010

Ilusão

Já tivemos presidentes para todos os gostos, ditatorial, democrático, neo-liberal e até presidente bossa nova. Mas nunca tivemos um vendedor de ilusão como o atual. Também nunca tivemos uma propaganda à moda de Goebbels no Brasil como agora. O lema de Goebbels era "uma mentira repetida várias vezes, se tornará uma verdade".

O povo, no sentido coletivo, vive em um jardim de infância permanente.

Vejamos alguns dados "vendidos" pelo ilusionista.

O governo atual diz que pagou a divida externa, mas hoje, ela está em 230 bilhões de dólares. Você sabia ou não quer saber?

A pergunta é: pagou? Quitou? Saldou? Não. Mas uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade.

Pagamos sim, ao FMI, 5 bilhões de dólares, o que portanto mostra apenas quão distante estamos do que é pregado para o povo. Nossa dívida interna saltou de 650 bilhões de reais em 2003, para 1 trilhão e 600 bilhões de reais hoje, e a nossa arrecadação em 2003 - ano da posse do ilusionista - que foi de 340 bilhões, em 2008 foi de 1 trilhão e 24 bilhões de reais. Este ano a arrecadação caiu 1% e, olhem bem, as despesas aumentaram 16, 5%. Mas esses dados são empurrados para debaixo do tapete.

Enquanto isso os petralhas estão todos de bem com a vida, pois somente com nomeação já foram 108 mil, isso sem contar as 60 mil nomeações para cargos de comissão. É o aparelhamento do Estado.

Enquanto isso os gastos com infraestrutura só subiram apenas 1%, já as despesas com os companheiros subiram mais de 70%. Como um país pode crescer sem em infraestrutura, sendo essa inclusive a parte que caberia ao governo?

O PT vai muito bem, os companheiros estão todos muito bem situados, todos, portanto, estão fora da marolinha, mas nós outros estamos sentindo o peso do Estado petista ineficiente, predador e autoritário.

Nas áreas cruciais em que se esperaria a "mão" forte e intervencionista do governo, ou seja, na saúde, educação e segurança o que temos são desastres e mais desastres, mortandades. O governo Lula que fala tanto em cotas raciais para a educação, basta dizer que entre as 100 melhores universidades do mundo, o Brasil passa longe. Já os Estados Unidos (eta capitalismo) possuem 20 universidades que estão entre as 100 melhores. O Brasil não aparece com nenhuma.

São números.

O governo Lula também desfralda a bandeira da reforma agrária. O governo anterior fez mais pela reforma agrária que o PT, mas claro, esses números não interessam. Na verdade não deveriam interessar mesmo. Basta dizer que reforma agrária é mais falácia do que coisa concreta em beneficio da sociedade. Se querem saber, em todos os países onde houve "reforma agrária", logo em seguida se tornaram países importadores de alimento. A ex-URSS, Cuba e China são exemplos claros do que estou afirmando. Mas continuamos com o discurso de reforma agrária. A URSS quando Stalin coletivizou a terra, passou a ser importadora de alimento e consequentemente a ser um dos responsáveis pelo aumento do preço do alimento no mundo.

Entendam.

Cuba antes da comunização com Fidel, produzia 12 milhões de toneladas de açúcar do mundo, hoje não produz nem 2 milhões. A Venezuela tão admirada por Lula produzia 4 mil quilos de feijão por hectares, depois da "reforma agrária" praticada pelo coronel Hugo Chaves só produz 500 kg por hectares.

Mas os socialistas não sabem nem querem saber dessas questões, o trabalho que dá para produzir, para gerar alimentos, isso porque eles tem a sociedade para lhes pagar o salário, as contas e as mordomias, além de dinheiro do contribuinte para colocar comida na sua mesa. Mas eles não sabem nem querem saber sobre o que é produzir, cultivar, plantar alimentos.

Pois bem, os companheiros acreditam nos "milagres" da reforma agrária. Dizem que estão mudando o país. É para gargalhar.

Hoje está mais do que comprovado, que com a diminuição dos impostos nos setores de eletrodoméstico fez o comércio e indústria neste setor produzir e vender mais. O aquecimento na venda de carros também surtiu efeito com a redução de impostos. O que fica definitivamente comprovado que imposto nesse país é um empecilho ao progresso e ao desenvolvimento. Mas o discurso dos petistas é outro. Ou seja, uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade.

É o ilusionismo de Lula.

4 de janeiro de 2010

O que quer uma mulher?

Após longos nove meses de uma ansiosa espera, o bebê nasce. O médico anuncia: é uma menina!

Pois é, a Bianca chegou.

A mãe da criança, então, se põe a sonhar com o dia em que a sua princesinha terá um namorado de olhos verdes e se casará com ele, vivendo feliz para sempre. A garotinha ainda nem mamou e já está condenada a dilacerar corações! Laços, babados, contos de fadas... acho que toda mulher carrega a síndrome de Walt Disney.

Até as mais modernas e cosmopolitas têm o sonho secreto de encontrar um príncipe encantado. Como não existe um Antonio Banderas para todas, se conformam com analistas de sistemas, gerentes de marketing, engenheiros mecânicos. Ou mecânicos de oficina mesmo, a situação não
anda fácil. Serão eles desprezíveis? Que nada. São gentis, ajudam com as crianças, dão um duro danado no trabalho e têm o maior prazer em levarem as suas amadas para jantar.

São príncipes à sua maneira, e as mulheres, cinderelas improvisadas, dizem "sim! sim! sim!" diante do altar; mas, lá no fundo, a carência existencial herdada no berço jamais será preenchida.

No fundo, elas querem ser resgatadas da torre do castelo. Querem que o pretendente enfrente dragões, bruxas, e lobos selvagens. Querem que ele sofra, que ele vare a noite atrás delas, que faça tudo o que o José Mayer, o Marcelo Novaes e o Rodrigo Santoro fazem nas novelas. Querem ouvir "eu te amo" só no último capítulo, de preferência num saguão de aeroporto, quando ele chegará a tempo de impedir ela de embarcar.

O amor na vida real, no entanto, é bem menos arrebatador. "Eu te amo" virou uma frase tão romântica quanto "me passa o açúcar". Entre casais, é mais fácil ouvir eu "te amo" ao encerrar uma ligação telefônica do que ao vivo e a cores. E fazem isso depois de terem se xingado por meia-hora.

- Você vai chegar tarde de novo? Tenha a santa paciência, o que é que você tanto faz nesse escritório? Ontem foi a mesma coisa, que inferno! Eu é que não vou prepar o jantar para você às dez da noite! Se vira! Tchau, também te amo!

E batem o telefone possessos.

Sim, sabemos que a vida real não combina com cenas hollywoodianas. Sabemos que há apenas meia dúzia de castelos no mundo, quase todos abertos à visitação de turistas. Sabemos que os príncipes, hoje, andam meio carecas, usam óculos e cultivam uma barriguinha de chope. Não são
heróicos nem usam capa e espada, mas ao menos são de carne e osso, e a maioria tentaria resgatar a sua amada de um prédio em chamas. Não é nada, não é nada, mas já é alguma coisa.

Dificilmente um homem consegue corresponder à expectativa de uma mulher, mas ver-nos tentar deve ser, no mínimo, comovente. Mandamos flores, reservamos quarto em hotéizinhos secretos, surpreendemos com presentes, passagens de viagens, convites inusitados. Somos inteligentes, charmosos, ousados, corajosos, batalhadores. Disputamos o amor como se estivéssemos numa guerra, e pra quê?

Tudo o que recebemos em troca é uma mulher que não pára de olhar pela janela, suspirando por algo que nem ela sabe direito o que é...

Talvez nenhuma mulher se sinta amada o suficiente. E isso não é ruim, não. Pelo contrário, incentiva e instiga o homem a sempre buscar a perfeição e a melhoria contínua do seu relacionamento.