5 de julho de 2009

Freud e Cocaína

O médico Sigmund Freud usava Cocaína. Ele mesmo, que deu início à psicanálise.

Um austríaco de nome Carl Von Scherzer, encontrou no Peru a folha de coca e enviou para um alemão, químico, de nome Albert Niemann. Este isolou o princípio ativo da folha e o chamou de cocaína. Só que a coisa ficou tão popular que o laboratório Merck passou a fabricar a substância e enviar para alguns médicos e cientistas para analisarem... e adivinhem: entre eles, Sigmund Freud.

Então ele fez algumas experiências descrevendo a droga. Começou a usá-la regularmente a partir dos 28 anos.

Dizem que usou até os 39. Putz!

Seu principal objetivo era usar a cocaína para o tratamento da dependência de morfina, que assolava a europa naquela época, e também como anestésico. Mas o que poucos sabem é sobre o seu amor por Martha Bernays, com quem Freud iria se casar depois que conseguisse dinheiro e fama.

Os experimentos de Freud com a cocaína foram muito importantes. Aliás, Freud é lembrado também como o fundador da "psicofarmacologia" exatamente por causa das suas experiências com cocaína!

Freud, em algumas cartas para Martha, dizia:

“(…) ter você completamente é a única exigência que eu faço para a vida.”

“(...) eu gostaria de ter conseguido algo realmente bom antes de nos encontrarmos novamente.”

“(…) a busca de dinheiro, posição e reputação, isso tudo quase não permite que eu lhe dedique uma ou duas linhas apaixonadas.”

“(...) minha querida namorada, você está mesmo certa. De agora em diante, eu também vou escrever somente sobre a viagem [para encontrá-la]… devo estar viajando sob efeito de coca a fim de controlar a minha terrível impaciência."


Então a cocaína foi rapidamente proibida na Europa. Entretanto, nos Estados Unidos, o pessoal ficava legal comprando pastilhas de cocaína por 15 centavos (cents) para curar dor de dente, e segundo o anúncio: instantaneamente!

No ano de 1884, a companhia farmacêutica Merck produziu mais de 1.400 Kg de cocaína. Em 1886 então, a produção foi de mais de 71 toneladas!

Relatos de Freud:

1. Para curar a depressão:

“Em minha última depressão severa, eu usei coca novamente e uma pequena dose elevou-me às alturas de uma forma maravilhosa. Agora mesmo, estou envolvido em pesquisar a literatura para uma canção de louvor a esta substância mágica.”

2. Para se sentir "mais homem":

“Um pouco de cocaína, para soltar a minha língua [para visitar Charcot]. Fomos para lá numa carruagem… R. estava terrivelmente nervoso, eu estava bem calmo com a ajuda de uma pequena dose de cocaína… Essas foram as minhas conquistas (ou melhor, as conquistas da cocaína), que me deixaram muito satisfeito.”

E então acabou se dando conta:

“Naquela época, eu estava fazendo uso freqüente da cocaína, para reduzir desagradável congestão nasal. E eu havia ouvido, alguns dias antes, que uma de minhas pacientes, que tinha seguido meu exemplo, desenvolveu uma extensa necrose da mucosa nasal. Eu fui o primeiro a recomendar o uso da cocaína, [entretanto] essa orientação fez com que eu me censurasse severamente. O mal uso dessa droga apressou a morte de um caro amigo meu.”

Freud chegou a recomendar a amigos a cocaína para curar Diabetes! E em seu primeiro artigo sobre a Coca, recomendou cocaína contra a dependência ao álcool e a morfina, além de colocar a cocaína como afrodisíaco! Enfim, Freud confiava no poder da cocaína, mas ela se mostrou aquém dos propósitos desejados pelo maluco psicanalista...

Mais tarde, nos Estados Unidos, um químico desenvolveu um remédio com a cocaína, e o chamou de... adivinhem... COCA-COLA! Posteriormente o remédio foi transformado em refrigerante e até hoje tem componentes da coca em sua fórmula.

Ah, vale lembrar que a bebida Coca-Cola originalmente chamava-se "Pemberton’s French Wine Coca", e foi inspirada na bebida francesa Vin Mariani, um tônico de vinho misturado com cocaína!

Pois é. As drogas já foram aceitas pela sociedade, além de terem sido criadas por nós. Além do Vin Mariani, tabletes de cocaína, subprodutos de heroína e ópio eram anunciados por aí na maior da normalidade, como a Heroína da Bayer.

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