23 de outubro de 2007

A verdadeira história da Sexta-feira 13

Alguém sabe por que toda sexta-feira 13 é tratado como um dia azarento? Pois é, eis aqui a verdadeira história da sexta-feira 13, a qual resumo em alguns pequenos parágrafos...

Era Sexta-feira, 13 de Outubro de 1307. Um dia fatal para os Cavaleiros Templários. Ao fim da tarde desse dia, agentes do rei Filipe IV (conhecido como "Filipe, o belo") atacaram, e num assalto fulminante, acusaram e prenderam Cavaleiros Templários por toda a França. A data tinha sido escolhida pela coincidência da visita à França de vários líderes Templários, incluindo o próprio Grão-Mestre Jac'ques DeMolay.

Porém, quando os agentes do rei Filipe entraram no Templo de Paris, sede das convocações dos Cavaleiros Templários, descobriram que todos os documentos e, mais importante ainda para Filipe, o tesouro, tinha sido removido. Os agentes também tentaram capturar a frota Templária, a maior da Europa, que estava atracada em La Rochelle. Mas uma vez mais se frustrou a intenção — a frota tinha já partido.

Até hoje a vasta riqueza material dos Cavaleiros Templários nunca foi encontrada. Nem tampouco foi descoberto para que porto a frota seguiu — ou onde atracou. Mas os Templários não tentaram esconder-se a eles próprios, e na manhã seguinte, vários milhares tinham sido feitos prisioneiros. Juridicamente falando, essas prisões eram ilegais. Os Cavaleiros Templários respondiam unicamente ao Papa. Mas o Papa, Clemente V, francês, devolveu esse poder para Filipe (eram amigos de infância). O rei francês, que transferiu o assento papal de Roma para Avignon, em França, pediu esse favor. Filipe esteve também por trás da morte suspeita do precedente Papa, deixando assim o trono papal livre para Clemente.

Inevitavelmente, o Papa toma o partido de Filipe. E com apoio papal, ataques similares foram feitos aos Cavaleiros Templários através da Europa. Iriam ser todos levados a julgamento. Aqueles que acatavam as acusações levadas contra eles eram abandonados com uma mísera pensão, deixados na miséria ou ainda como pedintes. Qualquer um que recusasse era encarcerado para toda a vida. Mais de 120 foram queimados na fogueira. Após as torturas, confissões e execuções, Clemente V aboliu oficialmente a Ordem dos Cavaleiros Templários a 22 de Março de 1312. O Grão-Mestre Jac'ques DeMolay, imbuído do espírito de lealdade e tolerância que sempre correu por suas veias, juntamente com 2 dos seus companheiros mais fiéis (Guy D'auvergnie e Godofred de Goneville), abominou a atitude papal e negou todas as acusações.

Pode ser imaginado o que aconteceu a ele. Sete intermináveis anos de masmorras e torturas infundadas (ou melhor - fundadas na busca incessante por riquezas pelo Rei).

Foi então que, a 18 de Março de 1314, enquanto era exibido no exterior da catedral de Notre-Dame em Paris para ouvir a sua sentença de prisão perpétua, Jac'ques DeMolay, então com 70 anos e a maioria dos ossos do seu corpo partidos pela tortura, proferiu uma dramática declaração:

"A Nobre Ordem dos Cavaleiros Templários nunca foi culpada. Posso ter meus ossos partidos pela tortura, mas minha alma, assim como minha consciência, nunca poderá ser partida! A vida foi-me oferecida, mas pelo preço da infâmia. Por este preço, a vida não vale a pena ser vivida."

Assim, Jac'ques DeMolay, o último de 22 Grãos-Mestres da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (Cavaleiros Templários), foi queimado vivo em Paris. E enquanto expirava, amaldiçoou o rei Francês e o Papa. Disse que no prazo de um ano seriam chamados a prestar contas pela perseguição aos Templários.

Curiosamente, apenas um mês depois, o Papa Clemente V faleceu, aparentemente de causas naturais. A 29 de Novembro do mesmo ano, Filipe IV morreu também num acidente a cavalo enquanto caçava.

Teriam assim os Templários poderes ocultos? Teria realmente efeito a praga de Jac'ques DeMolay?

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